Luiz Guilherme Santos Neves nasceu em Vitória em 1933.
Cresceu num ambiente propício à formação do futuro escritor e
historiador. Seu pai, Guilherme Santos Neves, além de entusiasta pesquisador do
folclore, foi um dos mais respeitados professores de seu tempo. Nesse ambiente
conviveu com inúmeros intelectuais, entre os quais se destaca Renato Pacheco,
amigo e parceiro de pesquisas de seu pai e, do próprio Luiz Guilherme, amigo da
vida inteira. Foi Renato Pacheco quem o convenceu a lecionar História, cujos
temas se tornariam tão evidentes em suas futuras produções literárias. Os dois
travariam, além da profunda ligação de amizade, parceria literária das mais
produtivas.
Formou-se em Direito pela Faculdade de Direito do Espírito Santo e em
História pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras do Espírito Santo. Foi
professor de História em diversos colégios e na Universidade Federal do
Espírito Santo lecionou História do Espírito Santo durante 26 anos.
Foi colaborador da revista Vida capixaba, onde assinava a
coluna “Escritório do Professor Nostradamus Júnior”, uma espécie de oráculo da
Língua Portuguesa, Literatura e História. Colaborou também no jornal A
Gazeta, onde assinou a coluna “Literatura e História”, por meio da qual
travou amizade com outro grande escritor, João Felício dos Santos, cuja
produção também se ligava a temas da História.
Em 1977 publicou seu primeiro texto literário, Queimados, em
que dramatiza a Insurreição do Queimado, ocorrida na Serra em 1849. A produção
literária de Luiz Guilherme Santos Neves é extensa e nela se destacam os
livros A nau decapitada, de 1982 e As chamas na missa,
de 1986 – ambos leitura obrigatória para exames vestibulares da UFES. Este
livro, que trata da Inquisição entre nós, obteve o 3º lugar no Prêmio Rio de
Literatura e teve sua merecida segunda edição publicada em 1997 pelo IHGES. Em
1992 publica seu primeiro livro de contos, o denso Torre do delírio.
Incursionou também pela literatura infantil, publicando História de
Barbagato (1996). Seguem O templo e a forca, publicado em
1999, e Capitão do fim, de 2001. É autor de crônicas publicadas nos
mais diversos jornais e revistas da capital. Escreveu também inúmeras obras
didáticas e paradidáticas e de estudos e pesquisa histórica, algumas em
parceria com Renato Pacheco, Léa Brígida de Alvarenga Rosa e seu irmão, o
escritor Reinaldo Santos Neves. Atualmente publica regularmente seus hilários
contos da delegacia de polícia da Chapot Presvot, 272, no Canteiro
de obras, do site Estação Capixaba e mantém intensa atividade literária.
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